segunda-feira, 17 de maio de 2010

Quanto mais natural o efeito, melhor é o tratamento



Quando olha para uma imagem, Altair Hoppe procura decifrar cada efeito e retoque presente nela. O catarinense de 34 anos, natural de Presidente Getúlio, chega a passar mais de 16 horas por dia na frente do Photoshop. Consultor do quadro Detetive Virtual, do Fantástico, exibido pela RBS TV, Hoppe é um dos principais nome nacionais quando se fala sobre o programa de edição de imagens. Ele é autor do best-seller Adobe Photoshop para Fotógrafos, Designers e Operadores e viaja o país todo em palestras e workshops. Ele ainda comanda a Editora iPhoto, com sede em Balneário Camboriú, onde mora e trabalha. Hoppe conversou com a Viver! e deu dicas para otimizar o uso do programa.

Qual a primeira lembrança do Photoshop que você tem? O que te impressionou inicialmente?

Altair Hoppe - Minha primeira lembrança é de 1993. Na época, estava criando um jornal na minha cidade e precisava de um programa para fazer o tratamento das fotos. Foi quando dei de cara com o Photoshop. A minha primeira impressão não foi um efeito fantástico, o que me impressionou nele foi sua complexidade. Era um desafio descobrir o que fazia cada botão ou comando daquele universo. Você trabalhou com fotografia analógica? Como fazia correções e alterações na imagem? Hoppe - No Brasil, o digital só pegou mais depois de 2000. Até essa fase, era tudo a base de filme, analógico. Eu escaneava as imagens num pequeno scanner de mão e depois de mesa para depois fazer a conversão para preto e branco e o tratamento de contraste e tons no Photoshop. Tudo era bem difícil, desde a velocidade dos computadores até o acesso ao próprio programa, afinal não havia internet como temos hoje.

Qual o principal uso do Photoshop para você hoje?

Hoppe - Hoje, passo de 16 a 18 horas por dia na frente do computador mexendo no Photoshop. Trabalho, principalmente, na criação publicitária e no tratamento de imagens, seja para fins didáticos em minhas palestras ou para campanhas da empresa. Já no mercado, o Photoshop está presente em todas as áreas da fotografia: casamento, estúdios, publicidade, moda, fotojornalismo etc.

Existe uma dica simples para não correr o perigo de passar do limite nas correções utilizando o programa?

Hoppe - A dica mais eficiente para o uso correto do Photoshop para a maioria dos tratamentos é naturalidade. Quanto mais natural o efeito aplicado ficar, melhor é o tratamento. A ideia não é trabalhar com o surreal, na maioria das fotografias precisamos corrigir manchas, suavizar sombras, corrigir cores e melhorar contrastes sem que o cliente perceba que houve um tratamento ou correção. Esse é o maior desafio.

Agora, brinque de visionário e imagine o que será a novidade, a grande ferramenta do Photoshop CS10, por exemplo.

Hoppe - O futuro da imagem daqui pra frente é o 3D. Por outro lado, temos o avanço monstruoso da internet. O que isso significa para o futuro do Photoshop? Penso que no Photoshop CS10 teremos a combinação desses dois elementos. Vamos trabalhar em imagens 3D, pelo Photoshop, em qualquer lugar que estejamos, sem depender de um computador. Será necessário apenas ligar o aparelho celular ou acessar a internet. Agora, a ferramenta dos meus sonhos, e espero que não demora até o CS10, seria que com apenas um clique pudesse retirar uma pessoa de uma imagem e inserir em outra, inclusive com um recorte de cabelos de alto padrão. Hoje, isso é uma tarefa chata e ingrata para nós profissionais.

Fonte: Clicrbs

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