Um estúdio de fotografias gigantesco, no bairro dos artistas de Nova York.
Luz, câmeras no Soho. Tudo de graça.
Modelos em início de carreira, que não têm como pagar por um book;
Modelos em fim de carreira, que querem tentar novos ângulos, usam o espaço para serem fotografadas.
Um fabricante de roupas e um de material fotográfico montaram o estúdio para moradores e turistas.
É possível usar câmeras, editar e imprimir fotografias em papel e em tecido.
Tirar fotos com amigos. Por que não? Ou realizar projetos profissionais.
Dane é designer. Começou a carreira há pouco tempo. Ele chamou um amigo fotógrafo, que chamou amigos modelos, trouxe araras de roupas e está produzindo o primeiro catálogo da nova empresa dele.
“É uma grande oportunidade. O aluguel de um espaço como este estúdio não custaria menos de quinze mil dólares por dia, sem contar equipamentos, contratação de fotógrafos e modelos. Aqui, o custo é zero”, diz Dane.
Muitos aproveitam para imprimir fotos da cidade. Kris é um dos organizadores. “Nova York é a musa dos fotógrafos”, diz. “Há tanto para ser filmado nessa cidade. É muito fácil fotografar nas ruas. Há muita coisa acontecendo nos bairros. Você anda alguns quarteirões e encontra um mundo totalmente diferente”, completa.
Nas fotos antigas, um registro histórico do fascínio que a cidade provoca em fotógrafos profissionais e amadores.
Nova York seduz porque não é previsível. Quando a gente mora aqui, tem uma percepção mais clara do dinamismo da cidade. Bairros, ruas, clima mudam constantemente.
Quando saio para o trabalho, para fazer compras ou passear, sempre levo uma câmera pequena e assim sem compromisso, fotografo por fotografar.
É como se quisesse capturar, apreender as imagens que vejo nas ruas e guardar para sempre nos meus registros pessoais. Eu sei que sempre vou encontrar algo surpreendente.
Dias quentes, dias frios, as diferentes estações do ano dão uma perspectiva de que nada na vida é permanente.
Nas ruas, fotografo pessoas. As nova iorquinas, sempre elegantes, não têm medo de cores. A necessidade em Nova York é de ser autêntico, não seguir moda, mas criar um estilo.
E assim, encontro Gabriella, a escritora austríaca, que todos os dias vende flores nas ruas. Não quer uma vida comum. Nem ela, nem o Papai Noel. Bom de pirueta.
Fonte: Jornal Hoje
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