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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dez perguntas não tão básicas assim sobre estúdio

Confiram a matéria escrita por Alex Villegas.

“O mundo da fotografia de estúdio é simplesmente fascinante. Na minha opinião, é o mais interessantes dos ambientes da fotografia – uma vez que nele não temos qualquer luz, o fundo infinito se apresenta diante de nós como uma folha em branco.Uma folha que nos permite realizar qualquer idéia ou projeto, desde que tenhamos a compreensão e habilidade para tanto.”

O estúdio desafia nossa capacidade de observação, compreensão e recriação, nos forçando a consultar todo nosso acervo de memórias e observações, a usar toda a nossa capacidade técnica para concretizar uma idéia predeterminada – e o nosso sucesso depende do quanto conseguimos ser fiéis a essa idéia com a imagem final. O estúdio é o simulador universal, onde podemos fazer a noite virar dia, o dia virar noite, criar um ambiente cheio de janelas ou um dramático cenário de teatro.

Mesmo fora das quatro paredes do estúdio, a capacidade de recriar, interferir e moldar a luz é muito útil. Em ramos como a fotografia corporativa, industrial ou de arquitetura, nem sempre a luz existente é suficiente ou adequada para cumprirmos nossa missão, então adicionamos, misturamos e substituímos, num processo quase alquímico em busca da imagem.

Às vésperas do maior evento de fotografia de estúdio da América Latina, é normal que o interesse por ele se expanda – e de julho para frente, chovem questionamentos por email e redes sociais, questionamentos esses que vêm especialmente dos iniciantes. Fotógrafos que já têm uma base técnica razoável e subitamente resolvem tomar a iniciativa de dar o próximo passo. E o que eles desejam saber?

Separei as questões mais importantes – dez coisas que eu adoraria que tivessem me contado antes do meu atribulado começo. Nenhuma resposta aqui é definitiva ou irrefutável, e com certeza não são a única maneira de trabalhar ou de responder à pergunta. Mas devo dizer que elas têm funcionado, da maneira que estão expostas aqui. Então vamos a elas:

1 – Que câmera devo ter para trabalhar em estúdio?

Não dá para responder a esta pergunta sem saber exatamente qual o seu produto final. Câmeras, em estúdio, não precisam ser seladas contra as intempéries, e se você trabalha com flashes, também não precisam fazer 10 quadros por segundo. Os flashes não irão acompanhar essas velocidades.

Configurações de ISO elevadas também não costumam ser uma necessidade real para quem trabalha em estúdio, visto que temos o controle da luz na imensa maioria das – senão em todas – ocasiões. Então o que nos sobra de importante é a qualidade de imagem e resolução – que estão intimamente ligadas.

Qualidade de imagem (em termos de nitidez, latitude e resposta de cor) está conectada diretamente ao sensor; quanto maior, melhor. Por motivos de economia, a escolha mais popular está nas câmeras com sensores 24 x 36mm (vulgarmente chamadas de full frame), Canon, Nikon ou Sony. Mas os preços das digitais de médio formato estão caindo, e a Pentax 645D, de 40Mpx está sendo vendida por US$ 10 mil nos EUA. Um um belo passo acima temos a Hasselblad H4D, a Phase One 645DF, que aceita backs digitais de até 80Mpx e a Leica S2.

Topo definido, calcular sua necessidade em termos de custo-benefício é relativamente simples: veja qual a resolução necessária para o seu principal produto. Se o seu ganha-pão serão os retratos ou books fotográficos (que raramente ultrapassam os 25×38), 15 megapixels serão suficientes para produzir esses books sem interpolação. Eventuais banners, posters e outdoors podem aparentar precisar de mais, mas sempre temos a possibilidade de interpolar um pouco, e a distância de visualização é sempre nossa aliada.

Verificando as características acima, temos excelentes candidatas ao troféu “câmera de estúdio, categoria custo-benefício”: a Canon 5D MKII, de 21 Mpx, a Nikon D700, de 12 Mpx, e a Sony A850, de 24,6 Mpx. Todas full frame, e com recursos de sobra para a tarefa. O que não significa que não se possa usar uma camerinha de entrada, mas a ergonomia e resistência não são as mesmas.

E sempre há a possibilidade de se alugar backs digitais ou câmeras de médio formato para trabalhos específicos.

2 – Quais as lentes que preciso comprar para usar no estúdio?

Isso vai dos seus enquadramentos favoritos e do que está fotografando – mas as lentes que são o arroz com feijão do estúdio são a 50mm f/1.8 ou f/1.4 e a 100/105mm f/2.8 macro/micro (Canon/Nikon). Não conheço fotógrafos que tenham queixa dessas duas lentes – nítidas, claras e acessíveis. Angulares são adições bem-vindas à brincadeira, uma 28mm trará muita versatilidade ao conjunto. Caso prefira as lentes zoom, a 28-70 f/2.8 e a 70/200 f/2.8 (ou a f/4) dão conta do recado, e muito bem, embora os fotógrafos de produto dêem nítida preferência às fixas, especialmente às macro.

Não economize nas lentes. Câmeras ficam obsoletas rapidinho, objetivas duram a vida inteira.

3 – Existe algum conjunto de acessórios que seja essencial?

Não necessariamente. O problema é que flash é uma fonte de luz dura e pequena, então precisamos de acessórios para suavizá-la, controlar sua abrangência e aumentar seu tamanho aparente. Sua maneira de iluminar é que vai ditar quantas tochas, e que acessórios serão necessários. Partindo do set mais básico, que teria uma luz principal, uma compensação e uma contraluz, podemos pensar em:

Para a principal: três refletores de diferentes tamanhos (grande angular, padrão e para colmeia), que podem ser posteriormente suavizados com um pouco de tecrom ou papel vegetal, além de dois acessórios para aumentar o tamanho da luz – sombrinhas de 90cm e/ou softboxes de 120 x 90 são muito versáteis, e o softbox pode ter sua abrangência moldada facilmente com gobos ou tapadeiras; Para a compensação: normalmente, para a compensação são utilizados rebatedores apenas, mas um softbox 90×120 ou uma sombrinha de 120 cm fornecem luz grande e suave, de uma maneira “viva”, ou seja, regulável; Para a contraluz: embora contraluzes costumem ser pequenas e duras por tradição (vide a quantidade de colmeias e snoots que são vendidos para essa finalidade), contraluz suave é uma ferramenta muito útil. Além do clássico refletor de colmeia com uma ou duas colmeias e um snoot, experimente um softbox pequeno ou uma strip light (espécie de softbox alto e estreito) para obter contornos cheios de detalhes.

A luz se difunde basicamente por filtragem e reflexão, então muito papel vegetal ou tecrom é necessário para montar filtragens, e rebatedores também são necessários. Uma solução barata é comprar em boas papelarias papel vegetal em rolos de 30x1m, e preparar os rebatedores com placas de isopor. Uso rebatedores de isopor nos formatos 3x1m, 2x1m e 1x1m, todos pintados de preto de um lado para bloquear a luz (o que lhes dá dupla utilidade). Resultados excelentes também são conseguidos com madeira, MDF e lona fosca branca.

Com um pouco mais de verba e descobrindo suas soluções favoritas de iluminação, também é possível montar as tapadeiras/rebatedores no tamanho e formato desejados em madeira mais grossa e dotá-los de rodízios (rodinhas). Ocupa mais espaço, mas são muito bem acabadas e resistentes, além de bonitas.

4 – O que devo usar, monotocha ou gerador?

A diferença é sutil – um gerador é uma caixa que contém os controles e o sistema de acúmulo de energia comum a todo flash. Porém, para que ele possa trabalhar, a ele têm de ser acopladas lâmpadas – as chamadas tochas – via cabo. Uma monotocha se parece muito a uma tocha – as duas têm as lâmpadas na frente – mas ela também inclui o circuito de acúmulo de energia e os controles, ali na traseira. Nada de caixa. Assim como um caminhão baú, uma monotocha é uma solução completa e independente – um gerador se parece mais a uma carreta, que precisa do truck para puxá-lo, e este último precisa da carroceria para conseguir transportar alguma coisa.

Sou adepto dos geradores – mas convenhamos, eles são caros, muito caros. Minha predileção por eles se deve a três fatores:

Resistência – geradores são feitos para durar, assim como tratores, Fuscas e Harleys. Já vi geradores completamente descascados, amassados e batidos, mas funcionando normalmente;

Conveniência do controle – experimente colocar uma monotocha sem controle remoto em uma grua, a 3 metros de altura. Depois tente regular a potência dela. Sim, é terrivelmente inconveniente. Um assistente sentado ao lado do seu gerador consegue controlar até 3 fontes de luz sem sair do lugar. E como o sistema só depende de um receptor de rádio ou cabo de sincro, nada de preocupações com sincronização ou fotocélulas;

Potência – um gerador de 1200w consegue trabalhar com três tochas a 400w, uma tocha em 800w e outra em 400w, ou mesmo uma única tocha com os 1200w que o gerador consegue produzir. Quando se precisa de potência bruta, geradores são o que há de melhor.

Veja qual das vantagens lhe atrai mais, e qual das desvantagens pode ser decisiva – assim não vai errar na escolha do equipamento.

5 – E aí, preciso realmente de um fotômetro?

É bem provável que precise. Nada impede que se chegue a um excelente resultado sem o fotômetro, baseado na intuição, experiência e tentativa/erro. Mas fotômetros oferecem duas comodidades valiosíssimas: repetibilidade e facilidade de transposição.

Repetibilidade porque uma vez definido meu resultado, ele pode ser analisado exaustivamente com o fotômetro. Contraste da imagem, latitude, abrangência da luz principal, potência da contraluz e das luzes de efeito, tudo pode ser anotado e arquivado para posterior reprodução. Se eu precisar reproduzir qualquer aspecto daquela foto, de uma forma geral ou isoladamente, é questão de minutos de trabalho.

Facilidade de transposição porque um determinado visual pode ser criado com as mais variadas combinações de fontes de luz. Uma luz de janela pode ser feita com um softbox, uma parede branca ou uma janela mesmo. Então, conhecendo o contraste entre as fontes de luz nas mais diversas circunstâncias, posso trabalhar usando luz ambiente, flash, luz contínua ou mista, que dará tudo na mesma. O desenho da luz, as sombras e sua densidade estarão sob controle.

Posso me virar perfeitamente sem um fotômetro numa emergência, mas faço a mais absoluta questão de ter um – de preferência topo de linha – à mão durante os trabalhos. Faz uma diferença danada, e quando você se acostuma ao fotômetro, nem olha o LCD da câmera.

6 – Como e o que devo estudar para “ficar bom” em estúdio?

Em estúdio, um dos fatores mais importantes é a qualidade de imagem. Então, antes de partir para vôos mais altos, certifique-se que domina por completo os conceitos de exposição, leitura de histograma, profundidade de campo. Depois, comece a pesquisar a iluminação em si – um bom livro para começar é o Ciência, Luz e Magia, do Fil Hunter e Paul Fuqua. Considere participar de um fórum de fotografia em que se discuta iluminação.

Converse com bons fotógrafos, veja-os trabalhar. Se possível, seja assistente de algum, que tenha um trabalho que você ache bacana. Ver a teoria sendo aplicada por alguém experiente é valioso, muito valioso. Tenha referências: pesquise o tempo todo, veja as imagens de seus fotógrafos prediletos, imprima, analise, compre livros com fotos grandes. Pense em como parecem ter sido iluminadas, depois tente fazer igual. Pense grande, e pratique muito.

Desenvoltura com a luz demora para ser adquirida, e só a tentativa e erro fazem com que você se aproprie das técnicas que conhecerá através dos livros e dos fotógrafos.

7 – Como cobrar um trabalho de estúdio?

Essa é uma pergunta que demanda uma resposta complexa. Mas tudo é relacionado à sua frequência de trabalho, os custos fixos do seu estúdio (ou o valor da locação caso resolva locar) e o seu patamar de habilidade fotográfica.

Há no blog do fotógrafo Geraldo Garcia uma excelente série de artigos sobre precificação que pode ser de grande valia – http://blog.geraldogarcia.com/index.php/2009/05/como-cobrar-por-servicos-fotograficos-introducao.

Participar de uma associação como a Abrafoto (www.abrafoto.com.br) ou Fototech (www.fototech.com.br) também pode ser valioso. Ambas as associações possuem tabelas e planilhas disponíveis para os associados, além da eventual ajuda que outros membros mais experientes podem fornecer nessas horas.

8 – Como começar no mercado?

O começo é sempre complicado, para todos nós. Simplesmente abrir um estúdio e colocar uma plaquinha na porta da rua não é das melhores idéias que se possa ter, mas há algumas rotas para se iniciar nesse ramo:

Assistência: é a mais tradicional de todas. (Vejam a matéria sobre os Assistentes de Fotografia do Instituto Internacional de Fotografia) Assistentes de fotografia são sempre a nova geração de fotógrafos competentes, pois vêem o trabalho sendo feito por quem já está estabelecido, e um bom assistente sempre fica conhecido no mercado – tem contatos e conhece bons produtores, maquiadores, agências de modelos. A transição não é mais tão fácil quanto era antes – quando o fotógrafo acabava por ceder os trabalhos mais simples para os assistentes – hoje em dia a maioria dos fotógrafos já não se dá ao luxo de repassar trabalhos para quem quer que seja. Mas ainda assim é uma consagrada escola.

Associação: dizem que a união faz a força. Um único fotógrafo iniciante normalmente não consegue sustentar um estúdio, mas é uma prática extremamente comum dividir um. Dois ou três fotógrafos podem dividir o aluguel e custos de reforma, além dos equipamentos de iluminação. Como no começo a nossa taxa de ocupação ainda não é grande, conflitos de data são poucos e administráveis.

Alguma estratégia de marketing sempre se fará necessária – redes sociais, website institucional, blog e outras mais. É importante que se tenha alguns clientes conquistados antes de abrir um estúdio próprio. Nesse quesito, normalmente o portfolio precede tudo – um bom portfolio (muitas vezes elaborado com trabalhos pessoais não comissionados) alavanca clientes que serão atendidos em estúdios locados, e aí se a demanda exigir, parte-se para o estúdio próprio.

9 – O que eu preciso saber de tratamento de imagem?

Se for você a tratar suas próprias imagens, terá de saber bastante. Mesmo que não goste de retocar ou de mexer muito nos tons e cores da imagem, é necessário conhecer bastante coisa sobre nitidez, impressão, resolução e formatos de arquivo, além de espaços de cor. Se sua imagem sair simplesmente perfeita já da câmera, ainda assim terá de saber como preservar essas qualidades e não perdê-las pelo caminho.

Caso não queira investir todo esse tempo em aprender esse ofício adicional, contrate um retocador de confiança e fique livre para preocupar-se apenas com a captura.

10 – Vale a pena ter um estúdio próprio?

Tudo vai da sua demanda. Com poucos trabalhos por mês, ainda compensa alugar um estúdio com equipamentos. Há estúdios para todos os bolsos e necessidades, e é possível alugar até mesmo câmeras e lentes mais caras em alguns deles. Sem custos fixos, sem aluguel ou manutenção do equipamento, o estúdio alugado é uma ferramenta poderosa.

Mas é bem provável que chegue um instante em que a despesa com estúdio alugado irá superar os custos fixos de um estúdio próprio – quando esse dia chegar, mude para um estúdio com a sua cara, no local que desejar. Nele é possível atender clientes a qualquer hora, testar luzes, fazer ensaios – coisa que não é possível no estúdio alugado.

De qualquer maneira, um studium, ou local de estudo é essencial para todo fotógrafo. Mesmo que não tenha camarins, escritório ou cozinha, qualquer ambiente serve para se estudar iluminação, testar novas soluções e equipamentos. Um quarto ou garagem fechada já ajudam em algo.

Caberia aqui uma décima primeira pergunta: e agora, o que faço com essa informação toda? Na verdade, não é tanta informação assim, apenas uma pequena coletânea de esclarecimentos. Dúvidas que se repetem o tempo todo, pelo mundo inteiro – e é uma mão na roda poder ver as respostas assim, agrupadinhas. Divida-as se quiser, aproveite-as o quanto puder, concorde, discorde, construa seu conhecimento.

Fonte: IFF

terça-feira, 27 de julho de 2010

Balanço do branco (White balance/WB) na fotografia


Os olhos humanos são bons a distinguir o branco entre as distintas cores, mas uma câmara digital na maioria das vezes tem uma grande dificuldade em reconhecer o branco, especialmente se for usada a opção automática do balanço do branco (AWB).
A função do balanço do branco permite eliminar cores que não reflectem a realidade fotografada. Um balanço do branco correto deve ter em consideração a “temperatura da cor” da fonte de luz, o que significa se a cor da luz é quente ou fria.

Na fotografia analógica, o balanço do branco implica usar filtros de cor que compensam as distintas condições de iluminação. Porém, na fotografia digital, os filtros de cor basicamente deixam de ser necessários. Ao compreender o balanço do branco, pode conseguir obter fotografias com as cores correctas de acordo com o tipo de iluminação.

Ajustar o balanço do branco basicamente significa que uma parte da fotografia que supostamente deva ser uma cor neutra, contenha montantes iguais de vermelho, verde e azul.

Um balanço do branco incorrecto pode provocar um tom azulado, alaranjado ou esverdeado irrealista e que na realidade faz com que as fotografias não sejam as desejadas.

Como por exemplo:




Incorreto balanço do branco



Correto balanço do branco


A temperatura da cor

A temperatura da cor é uma característica da luz visível. O raciocínio implícito é que quanto mais aquecemos um objecto, mais cores ele irradia. Assim, de forma mais específica, a temperatura da cor descreve o espectro de luz irradiada de um corpo negro (um objecto que absorve toda a luz incidente sem permitir qualquer reflexo ou passagem de luz) de acordo com a temperatura desse mesmo corpo.
Um corpo negro a diferentes temperaturas irradia variadas temperaturas de luz branca. Apesar de se chamar luz, e poder parecer branca, nem sempre a luz branca o é verdadeiramente, pois nem sempre contém uma distribuição equilibrada de cores através do espectro visível.
À medida que a temperatura da cor aumenta, a distribuição da cor torna-se mais fria. A lógica é que cumprimentos de onda mais curtos contêm luz de maior energia.

A temperatura da cor é importante para a fotografia porque a luz do dia e a luz halogénea têm uma distribuição semelhante à de um corpo negro - embora iluminações como a fluorescente e luzes mais comerciais sejam muito distintas de corpos negros.
Assim sendo, fica aqui uma correlação de uma escala Kelvin que pode usar como guia relativamente a distintas fontes de luz.


O K é símbolo da unidade Kelvin - medida da escala que mede a temperatura da cor. A escala Kelvin não tem valores negativos.

Assim sendo, na prática, como muitas fontes de luz não se assemelham à radiação de corpos negros, o balanço do branco adiciona à temperatura da cor um desvio verde-magenta. Adicionar verde magenta é muitas vezes necessário quando se fotografa à luz do dia comum, podendo, quando se trata da luz fluorescente ou de outra luz artificial, requerer grandes ajustes de verde-magenta ao balanço do branco.
Muitas câmaras fotográficas dispõem de uma variedade de balanços de branco pré-programados para que consiga adaptar o balanço do branco ao tipo de iluminação existente. Usualmente os símbolos deste tipo de balanço do branco são:


A função de balanço do branco automático (AWB) existe em qualquer câmara fotográfica digital e usa um algoritmo que tenta “adivinhar” e adequar o balanço do branco às condições de iluminação, usualmente entre os 4000 K e os 7000 K.

O balanço do branco customizável permite tirar uma fotografia a uma referência neutra (usualmente um cartão cinza, branco e preto - como visto na primeira imagem) e assim determinar o balanço do branco certo para as restantes fotografias. Se não tiver um cartão destes, tente sempre ver se existe uma referência branca no enquadramento para que a câmara use como referência para o branco. Convém ter em conta que se mudarem as condições de iluminação deverá definir uma nova referência para balanço do branco.

Os restantes modos são usualmente os pré-definidos nas câmaras fotográficas digitais, podendo mudar rapidamente de acordo com a variação da iluminação.

Estes modos podem ser usados criativamente, pois, por exemplo, o modo sombra pode ser usado dentro de casa, dependendo da iluminação ou do grau de nebulosidade existente. Se a fotografia tiver muito azulado no monitor da câmara deverá aumentar a temperatura da cor selecionando um modo que permita obter mais temperatura de cor. Algumas câmaras fotográficas também permitem definir o valor Kelvin, se assim for, poderá também ajustar manualmente o valor de forma a obter mais ou menos temperatura de cor.

Fonte: O Meu Olhar

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Maturidade Fotográfica. Aprendendo a enxergar.

Navegando pele net em busca de algo interessante pra postar aqui, encontrei um texto muito interessante escrito por Huaíne Nunes.
É um assunto que já foi abordado por muitos, mas gostei da maneira que esse foi escrito e me identifiquei nas fases citadas no post. Já passei pela primeira fase e agora estou entre a segunda e terceira, já que estou em busca de um novo equipamento. E você, em que fase está?



Técnica x Talento na fotografia. Quanto de cada influencia ou é necessário na realização de uma boa imagem?

"Eis um assunto que sempre gera controvérsias nas conversas com meus colegas fotógrafos é a equação técnica/talento na fotografia. Quanto de cada influencia ou é necessária na realização de uma boa imagem?
É até dificíl escrever sobre, pois sei que muita gente pensa diferente – o que é bom – mas não resisti de soltar o verbo aqui no blog sobre o que é olhar fotográfico, do meu ponto de vista.

Costumo descrever o aprendizado fotográfico como uma escada, onde os degraus representam o nível de maturidade em que você se encontra.

É muito comum vermos fotógrafos mais novos, começando a aprender a técnica, ficarem tão fascinados com todos os recursos da câmera, que começam a tirar fotos de absolutamente tudo que lhes aparece pela frente.

O cara tira foto da pontinha da unha do cachorro, do próprio pé, do prendedor de roupa… Até o interruptor vira objeto de clique. É um disparo atrás do outro sem fundamento nenhum, apenas pela empolgação inicial com o equipamento.

Apesar de eu considerar esse como o primeiro degrau na aprendizagem, este não deve ser pulado, pois é um estágio que também contribui com a maturidade do aspirante à fotógrafo. É importante este contato com o equipamento, aprender detalhadamente cada função dele até você sentir que ele virou uma extensão do seu braço. É neste primeiro contato com a fotografia, que mesmo que 98% dos seu cliques possam facilmente ser descartados, você aprende a exercitar a visão.

Suas primeiras 10 mil fotografias são as piores, já dizia Cartier-Bresson.

Uma coisa que sempre digo, é que boa parte do aprendizado na fotografia você faz vendo fotos. Livros técnicos fazem parte do aprendizado SIM, mas para o exercício da composição e da visão fotográfica, ver constantemente boas fotos faz com que a sua percepção do que é uma imagem bem composta melhore muito mais rapidamente.

Aproveitando o gancho, gostaria de recomendar alguns blogs de fotografia infantil que me fizeram aprender muito. Os que mais gosto são, o blog da Tamara Lackey, o da Erika Verginelli, o Cravo e Canela, do queridíssimo Daniel Nobre e o flickr da Mistybliss que tem seis filhos lindos de morrer e fotos mais lindas ainda.

Mas é óbvio que você não precisa se limitar a estes, basta uma busca simples nos grupos do flickr para encontrar materiais excelentes de fotos para ver, ver, ver, aprender, aprender, aprender.

E depois de ver tantas fotos, minhas fotos vão melhorar?

Certamente que vão. Mesmo que você não queira. Digo isto pois é algo inevitável, faz parte do aprendizado natural. É então quando você sobe para o segundo degrau.

Inevitavelmente também, é neste novo estágio, depois de ver tantas fotos de tantos grandes fotógrafos, que a sua exigência aumenta bastante. Não é ciência exata, mas digo por experiência, que a maioria das pessoas passará pela fase da extrema exigência. Onde qualquer ruído, qualquer ISO mais elevado ou uma foto levemente fora de foco parece impossível de tolerar. Isso porque o indivíduo não está totalmente maduro na fotografia.

Neste estágio também entra a boa e velha neura de equipamentos. Como o indivíduo viu fotos dos caras GRANDES, é claro que ficou impressionado com a qualidade de lentes prime, claríssimas e – porquê não dizer – caríssimas também.

Como já passei por isso e tenho colegas ainda assim, posso afirmar que também faz parte do aprendizado natural. É quase como se a pessoa esquecesse o que está fotografando, desde que a qualidade esteja impecável.

E a impressão que dá para o amador, é que você só conseguirá fotos realmente de qualidade se possuir estes equipamentos.

Depois de um tempo, quando você já desistiu de vender tudo que tem para comprar uma 70-200mm 2.8 é que você começa realmente a repensar sobre o que é fotografia para você.

É neste estágio que atualmente me encontro, o terceiro degrau. Não que não hajam mais degraus para subir, com certeza a subida é constante. Mas por enquanto, estou num nível de maturidade em que você pensa: “não é bem assim!”.

É quando você “esquece” por um tempo do ruído do sensor, aceita seu equipamento e percebe que ele pode te oferecer muito mais do que imaginava. Geralmente nessa fase as pessoas tendem a querer voltar a fotografar com filme. É quando surge o “quero pensar antes de fazer o clique”.

Você passa a raciocinar individualmente em cada composição. O número de disparos contínuos diminui muito, pois você sabe quando fazê-los e quando não desperdiçá-los. Você aprende com a experiência que o que importa mesmo não é o equipamento que você carrega e sim a imagem captada.

Muitas vezes sem câmera alguma em mãos, consigo compôr determinada imagem e saber se isso daria uma boa foto ou não. Aliás, até que abertura e velocidade usar já vem em mente naturalmente. É quando o seu olhar já está apurado.

Vou dizer, essa é uma fase muito legal. Acho que todo mundo deve exercitar seu olhar ao máximo, sempre pensando cuidadosamente na visão fotográfica.

Vamos deixar os clichês e neuras de lado e pensar na fotografia como arte."

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Still - Luz Vindo de Baixo (tutorial)



1º - Preparando a caixa

Pegue uma caixa retangular, coloque-a "em pé" e faça uma abertura ba base. Exatamente como mostra a figura acima!!

2º - Preparando o suporte para o flash





















No caso foi usado um flash de estúdio, mas pode ser usado qualquer tipo de flash ou até luz contínua, fria de preferência.



















3º: Montando a base














Cubra a parte de trás da caixa com um veludo preto para que este sirva para fazer a "base" do nosso objeto a ser fotografado.



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora coloque um vidro sobre a nossa caixa, formando assim a mesa de still. Lembre-se de limpar bem o vidro antes de fazer a foto, a não ser que você queria ficar tirando manchas de dedo depois no photoshop.
Depois de tudo pronto podemos testar como irá ficar uma garrafa fotografada somente com a luz que vem de dentro da caixa de still. Veja que resultado interessante!!!



Depois da luz acertada é ora de iluminar o restante do nosso objeto, no caso a garrafa!!




Making Of



Fonte: Um Olhar Digital

domingo, 27 de junho de 2010

3 dicas para fotógrafos freelancers


Existem três caminhos para seguir para quem quer ser fotógrafo, o primeiro é ser contratado por uma empresa (CLT), segundo é montar seu próprio negócio e o terceiro e mais comum na vida daquele que estão começando na fotografia que é freelancer.

O freela, como é mais conhecido, é um tipo de atividade que pode ajudar a completar a sua renda. É uma alternativa ao fotógrafo que ainda não possui sua lista de clientes ou para aqueles que querem apenas fotografar sem se envolver em outras atividades como atendimento, marketing, serviços administrativos, logística, vendas, etc.
Freelancer para muitos é uma opção de carreira, por isso buscamos três dicas que podem facilitar muito o seu trabalho.

1 – Não adianta ser bom, você precisa aparecer

Para conseguir seus trabalhos (freelas), o primeiro e mais óbvio passo é ter um portfólio. Se você não fizer uma divulgação “pesada” e consistente em seu site/blog/flickr continuarão sem saber quem é você, ainda que contenha alguns trabalhos de altíssima qualidade.

E outra coisa, não se esqueça de utilizar as mídias sociais (Facebook, Orkut, twitter) para ajudar na divulgação. A maioria desses ambientes é visitada por outros fotógrafos que buscam freelancers.

2 – Organize sua agenda

Uma qualidade do freela é ser flexível, mas é preciso saber que para ser um freela é preciso muita organização, principalmente tempo.

Estabeleça a duração do seu freela: mesmo para os freelas que cobram um valor por saída, é muito importante para você identificar quanto normalmente duram suas saídas e quanta grana esta fazendo.

Reserve um tempo para aqueles que lhe dão serviço: é importante investir algum tempo se comunicando com os clientes – seja por telefone ou em reunião, ou ainda em outra opção – pode até parecer que nessas horas você não está produzindo, mas lembre-se que essas pessoas é que lhe dão trabalho. Para essas reuniões procure um tempo onde não esteja fotografando.

Automatize o processo: você não se tornou um freela para gerenciar os processos administrativos do seu negócio. Você quer ficar livre de tarefas burocráticas e ter tempo para fotografar? Então utiliza ferramentas para fazer cada parte da sua agenda automática e deixar você fazer o que de fato tem que fazer. Existem milhões de aplicativos na web que são bons para gerenciar essas funções. É mais uma questão de encontrar um que se encaixe no seu perfil e nas suas necessidades.

3 - Tenha um excelente relacionamento com os fotógrafos que te contratam. Eles são seus clientes.

Seja profissional: contratar um freelancer é, muitas vezes, uma forma de identificar um empregado em potencial. Cumpra seus prazos e comporte-se como um integrante da equipe de que lhe contratou, seja uma empresa ou um fotógrafo – que você será visto como tal, além de receber diversas recomendações e novos trabalhos.

Saiba qual é seu valor: o grande problema que perseguem os freelancer é não saber exatamente qual é seu valor. Principalmente os novatos que tendem a subestimar seus serviços. Mas lembre-se de levar em conta a experiência do seu concorrente local. Superestimar seu valor também não é bom e vai dificultar a contratação do seu trabalho.

Foto de: www.flickr.com/photos/arturborzecki